sábado, 1 de janeiro de 2011

A VÓS, Ó DEUS (TE DEUM)

Onde o Papa Bento XVI estava na passagem do ano?


Papa reza diante do presépio, no Vaticano.

Papa reza diante do presépio, no Vaticano.
Bento XVI presidiu nesta Quinta-feira, 31 de Dezembro, no Vaticano, à celebração das primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, seguida da exposição do Santíssimo Sacramento, do canto do «Te Deum» de agradecimento na conclusão do ano civil, e da bênção eucarística.
No final da celebração, o Papa visitou o presépio colocado no centro da Praça de São Pedro.
Hoje, com inicio às 10h00, Bento XVI presidiu a celebração da solenidade litúrgica de Maria Santíssima Mãe de Deus e por ocasião do 44º Dia Mundial da Paz, sobre o tema “liberdade religiosa, caminho para a paz”.
Com o Papa vão celebrar os cardeais Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, e Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do conselho pontifício justiça e paz.
Concelebram ainda os arcebispos Fernando Filoni, número dois da Secretaria de Estado, e Dominique Mamberti, secretario do Vaticano para as relações com os Estados, para além do bispo Mario Toso, secretário do conselho pontifício justiça e paz.
Fonte: Agencia Ecclesia

*Essa oração foi rezada no Revellion da Paz, pelo Padre Silvio Scopel no mesmo momento em que o Papa Bento XVI rezava também, na passagem do ano, com a benção do Santissimo Sacramento.

A VÓS, Ó DEUS*
(TE DEUM)


A Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.
A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.
A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;
A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos!
Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.
A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,
A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,
A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores!
A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,
Ao Vosso verdadeiro e único Filho,
digno objecto das nossa a adorações,
Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.
Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!
Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente!
Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardes
não Vos dignastes de entrar no casto seio duma Virgem!
Vós, vencedor do estímulo da morte,
abristes aos fiéis o Reino dos Céus,
Vós estais sentado à direita de Deus,
no glorioso trono do vosso Pai!
Nós cremos e confessamos firmemente
que de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.
A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servos
a quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.
Fazei que sejamos contados na eterna glória,
entre o número dos vossos Santos.
Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança,
E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.
Todos os dias Vos bendizemos
E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.
Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste dia
e sempre sem pecado.
Tende compaixão de nós, Senhor,
compadecei-Vos de nós, miseráveis.
Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia,
pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.
Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido.
Amém

SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - FELIZ 2011!



(Oitava do Natal - 1 de janeiro)
Maria guardava cuidadosamente todos estes fatos e meditava sobre eles no seu coração”.
Leituras: Nm 6, 22 – 27; Gl 4, 4 -7; Lc 2, 16 – 21
 Por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração

No oitavo dia da solenidade do Natal, no cume, por assim dizer, do dinamismo vital com que o Espírito Santo fecundou a Bem-Aventurada Virgem, a Igreja contempla e celebra na fé e na alegria o mistério de Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja e da nova humanidade renascida em Cristo.
Durante o tempo do Advento, a liturgia ficou repetindo todos os dias a saudação do anjo: “Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor está contigo; és bendita entre todas as mulheres da terra” (Liturgia das Horas: Antífona da Hora média; cf Lc 1, 28; 42).

A virgem Maria é saudada pelo anjo, e celebrada pela Igreja, como aquela que de maneira única está portando no seio e irradia ao redor de si mesma a graça de Deus feita pessoa, o Filho do Altíssimo que já no seu próprio nome, Jesus, indica sua profunda identidade e sua missão: revelar a benevolência do Pai, salvar e resgatar do mal toda a humanidade e abrir novamente para ela o caminho para a casa do Pai. Maria, Mãe de Deus, participa também na geração da nova humanidade, cujas primícias é a pessoa do próprio Jesus (cf. Rm 5, 15-19).

Deus continua seguindo o critério da simplicidade, da fraqueza, do “esvaziamento” (cf. Fil 2, 6-11); critério este, escolhido desde o início para se manifestar e atuar na história.
Ele suscita a resposta livre da fé por parte de todos os parceiros que chama para colaborar na sua obra redentora. Assim como fez com Abraão, pai dos crentes, com os patriarcas e com os profetas, do mesmo modo atua com Maria e com José.
Ao cumprir-se o tempo estabelecido por Deus de realizar seu projeto de salvação, não envia seu Filho do céu, em maneira espetacular, mas Ele “nasce de mulher” como todo homem, e está inserido na história gloriosa e ambígua do povo de Israel, destinatário primeiro da aliança e portador da esperança para todos os povos (cf. 2ª leitura - Gl 4, 4-5).

por esta atitude de escuta, silêncio e entrega confiante a Deus, a Virgem Maria se torna as primícias do reino de Deus e exemplo da Igreja inteira e de todo discípulo e discípula de Jesus. É o próprio Jesus a nos oferecer esta perspectiva cheia de fascínio para aqueles que acreditam nele: “Jesus respondeu àquele que o avisou: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E apontando para os discípulos com a mão, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mt 12, 48-50).